Na ponta
da minha pena
o mundo se levanta,
se projeta,
se confunde,
e onde houver
no escuro
um lúmen,
qualquer olhar
verá o que se escreve.
E como véu
que se levanta,
deixando o ar
que o mal espanta,
o azul será
a força
mais perfeita
compondo o arco
que rodeia,
a frase nascida
que permeia
o ideal
de uma vida
que pergunta:
Por que será
que tudo
que persigo
não se esgota?
Será
que o infinito
me comporta?
Ou será
que serei eu
o próprio meio?