Ninguém deve acreditar
Na firmeza do porvir
E nunca valorizar
Coisas que podem provir
O futuro tem o ofício
De ser acre e traidor
Guarda em si o ultriz resquício
De ser sempre enganador
Às vezes traz o prazer
Mas logo arrebata ou trava
Os vivos deixa morrer,
Após uma luta brava!
Abstrato com os tempos
Ele avança incerto e frio,
Tem falhas e contratempos,
É cruel o seu desvio.
Duvidoso é o futuro
Não tem alma nem imagem.
O seu caminho é escuro,
Edificado em miragem.