Eu juro pelo mal que me fizeram
pela revolta que me açula o brio;
pelas angústias que em meu peito geram
cataclismas fatais de mar bravio...
Eu juro pela paz que me negaram,
pelos desejos bons que sempre tive,
pelos espinhos que me acompanharam,
pela tristeza que comigo vive;
Eu juro pelo amor — jamais avaro,
que semeando eu andei pelo caminho;
pela glória que me custou tão caro,
e pelo meu excesso de carinho...
Por esse céu de inverno triste e escuro
e essas folhas rolando pelas ruas,
por tudo o que me faz sofrer, eu juro
que estou morrendo de saudades tuas.