Tranco-me, quando sofro, a sete chaves
Fujo dos seres o infernal tumulto
E tanto as dores físicas oculto,
Quanto as outras mais íntimas e graves.
Alegremente me comparo às aves,
Carinhosas amigas de meu culto,
Que vão morrer, longe do mundo oculto,
Nos bosques ermos, de sonoras naves.
Tendo o brilho e a beleza da saúde,
A elegância do traje e das maneiras,
Quando apareço meu aspecto ilude.
O pudor torna as horas prazenteiras,
E a gentileza, máxima virtude,
Em mim roseia a sombra das olheiras.