Quanta ingenuidade desse povo,
Que sofre injustiças e ainda sorri.
Pessoas anestesiadas de novo
Por paliativos que disfarçam o que existe aqui.
É um jogo cruel de interesses,
Sempre beneficiando a minoria.
Verdadeiros artífices
Da exploração e da hipocrisia.
Manipuladores da riqueza
Feita pelos trabalhadores
Que vivem na pobreza
Para dar conforto aos seus senhores.
Chega de tantos absurdos
Chega de esperar e pedir migalhas
Mãos nas armas e nos escudos.
Viver com igualdade ou terminar nas mortalhas.
Do livro: "Alto Relevo", Ed. Blocos, 1999, RJ