Justiça todos pedem neste mundo,
E o brado repercute na amplidão,
Justiça, espera o preso gemebundo
Erguendo o olhar ao céu com lentidão!
Justiça, aguarda o santo moribundo
Pela vida que passou em retidão;
Justiça quer ainda o vagabundo
Do vício escravo, na extrema lassidão!
Mas o tribunal da terra fraquejando
Nega a Justiça. E inconcientemente,
Aplica a lei mercadejando.
É que seus membros têm infelizmente
O dever oculto e a honra manquejando
Prostituída pelo ouro reluzente.