A LUA DE MANHATTAN
A lua de Manhattan dança
descarada e sem-vergonha
na minha janela; faz meneios,
convida ao canto e a devassidão.
Pede vinho Château d'Yquem,
adocicado e meloso.
Se embriaga na fumaça do cigarro.
Misturando o profano com o sacro,
Faz oração:
A benção didinha Lua,
manda prata, manda dinheiro,
manda homem bonito,
manda mulher formosa,
inteligência e louvor;
manda fama, manda saúde,
manda amigos dos bons,
deixa a Terra mais limpa,
corre neste mundo de Deus
e volta logo, para sempre.
Amém.
Fernando Tanajura Menezes