A MORTE DE TEREZINHA
Terezinha do feijão
Pisa a rosa, pisa o chão.
Pisa a rosa tão formosa
Que eu botei na sua mão.
Terezinha
da cozinha
Bota água no feijão,
Pois chegou uma vizinha
Querendo comer mais pão.
Terezinha do quintal
Põe a roupa no varal.
Pisa a rosa tão formosa
Que se foi no vendaval.
Terezinha lá do quarto
Bota cheiro, bota pó.
Já sofreu de tanto parto,
Já não sente nem mais dó.
Terezinha do espelho
Está vestida de vermelho.
Pisa a rosa tão formosa,
Tranca a porta com bedelho.
Terezinha era bonita
De repente ficou torta.
Uma vez foi tão catita,
De desgosto caiu morta.
Fernando Tanajura Menezes
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