Mamãe, venha ver depressa
O que a aranha está fazendo
Parece um lindo bordado,
sem agulha está tecendo.
Não tem o fio de verdade
Não tem régua nem compasso,
É tamanha a perfeição,
Com uma rede no espaço.
A saliva é seda pura,
O seu trabalho é constante,
Não descansa e não reclama,
Faz a teia num instante.
Não precisa de fiscal,
Não ganha nenhum salário,
Vive alegre e bem disposta
Sem relógio e sem horário.
Onde será que aprendeu?
Em boa escola, talvez!
Ou foi a mãe que ensinou
Quando cresceu, certa vez?
Não precisa de mais nada,
Apenas alguns insetos
Caídos na rede armada
Seus petiscos prediletos.
A aranha é tão pequenina,
Porém, muito inteligente
Não tem vícios, nem preguiça
— Um exemplo para a gente!