Morre de paixão, morre sempre de desejos...
Afoga-se nas ondas dos negros cabelos;
Mergulha em lindos olhos de esmeralda ao vê-los,
A espera dos mas quentes, demorados beijos.
Chora ou canta, dedilha a lira em seus arpejos.
Espalhando alegrias, amores pelos
Quadrantes da natura, só para manté-los
Vivos no coração, fonte dos seus cortejos.
Valgueia do oeste a leste, vai do sul ao norte
Assim, amando sempre, ei-lo alegre e feliz
No turbilhão da vida, goza a própria sorte.
Oh! Doce ilusão! Musa, és tu minha consorte,
O Fado, o eterno Fado, determina e diz:
— É certo o teu amor, tal qual a própria morte.
Emílio Wolf