Nas margens do Titicaca
Penso em ti, doce Marta
Toda em azul transparente
Em véus de nuvens baratas
Teus seios me oferecem virgens
À minha boca devassa
Nas margens do Titicaca
O Sol em sangue se acaba
Lhamas pastando o céu
A tarde, de angústia, se mata
Penso em ti, doce Marta
Ritos, loucuras e presságios
Braços, beijos e gritos
Em camas, quartos e salas,
Copos, vinhos e gemidos
Nas margens do Titicaca
Uma “cholita” me abraça
Rolamos na relva úmida
Desejos em mesa farta
Ainda que não acredites
Penso em ti, doce Marta