Ah, meu poeta, meu encanto
Quanta tristeza em teu pranto
Quanto siso em teu olhar
Ah, meu poeta, meu querido
Como eu te quero bem...
Como desejo tua sorte
Como admiro teu norte
Sem rumo com que tomar...
Ah, meu poeta tão lindo
Que bom que tivesse vindo
Nem que seja por instantes
Nas espumas flutuantes
Que a vida derrama em bolhas
E se vão, como as folhas
Do outuno a semear...
Ah, meu poeta querido
Quem sabe do dia futuro?
Tudo é nublado, obscuro
Nas linhas que a vida tem...
Sorri, mesmo de lado
Mesmo estando calado
Segura sempre minha mão
E se do teu lado eu me for
Levanta os olhos pro alto
Olha as nuvens de cobalto
Sossega o teu coração...