Por que não a morte bater à porta, abrires ?
Por que não a deixas entrar ?
E brincas com o compasso da curvatura lunática...
E comemoras com ela, ouvindo as aventuras da loucura Amar ...
Solenemente, menina, podias brincar com o otimismo estrábico
das tias...
Podias, ao encontro do coito, desistir da vida e esperar.
Esperar a palavra banhada em pranto e tempo.
E adormecer nos meus cabelos mudos.
Podias suar-te a vida.
E casar com a esperança eterna de romper;
Podias deitar à porta rompida das noites,
Porta dos poentes, também inúteis...
Oh, impulso de perfume
Oh, tu que vagas com intuito imensurável de dizer o coração,
Entristece-te vagarosamente, vendo morrer-te.
E deixa a morte entrar como um sonho de sustento em dança, de
poesia em mel
Tulipa, latim dócil.
Sombreiro errante sob o céu pluviado de prata sólida...
Coisa elegíaca e mansa dos devaneios oculares.
A morte sanar-te-à filosofias e luares.
Por que não sentir-te em nada,
E conduzir-te em cousa alguma?
Por que não a vida mais vida tornar?
Por que não a morte bater à porta, abrires?