...E eu que não fui feito pra estar.
E que fui feito pra ser.
E para ser-te.
E errar repetindo.
E cantar errado os verbos dos beijos e as bocas das mulheres.
Eu, uma aquisição.
Eu, uma ponte.
Eu, concho
E sem necessidade de nada
E sem emoção por tudo.
Eu, senhor preto
E branco pelos convites.
Eu, desconhecido de roubo e latifúndio.
Limpo pelo sangue dos dedos
E pelos beijos das urnas.
Eu, que não durmo e não teço.
E que nem homem ou rainha.
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Ah, eu.
A uma distância
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Ah, eu
Eu, a minha crônica.
E os olhos de Cecília.