...E tua gruta caiu-me dos céus
Para os céus de teus cabelos.
E lágrima,
Lágrima que banhaste a sede do rio atrás da noite.
Que viste a poesia e a maldade em gozo sobre a morte.
Lágrima, eu não sei respirar-me.
E útero,
Útero que me nasceste.
Que és agora pó e bactéria, sem esperar maior
decomposição.
Útero, imensidão de água corrompida,
Sombra de pedra a dormir na tua pétala ferida.
A tua gruta caiu-me dos céus
Para os céus de teus cabelos.