Quando nos servem a água de um jarro
o gesto é claro, é antigo e perfeito
como o das mulheres bíblicas,
aquelas serenas mulheres
que na beira de uma fonte
não recusavam a Eliéser ou Tobias
a límpida linfa dos seus cântaros.
E é hoje ainda a mesma água que flui,
é hoje a mesma sede nossa,
é a mesma Jerusalém que se busca
pelos caminhos da terra.
José Paulo Moreira da Fonseca