Vae-se passando para mim a vida…
Ah! como longe estão os roseos dias!
Cheios de luz e cheios de harmonias
Da minha bella infância estremecida.
Como está longe a doce fé querida
Que tinha então! A tantas alegrias
Sucederam-se duvidas sombrias
Que me torturam a alma entristecida.
Os meus sonhos... perdi-os nos caminhos
Rudes da vida, e o coração agora
Tem a tristeza dos desertos ninhos.
Tenho vontade de parar... A aurora
Já não reluz, e nem os passarinhos
Modulam cantos que eu ouvi outr’ora!