Há um pomar
fadado à solidão
de frutos simples
que nunca serão colhidos
e um vigilante
ostentando triste
uma espingarda de matar crianças.
E a meninice tentando atravessar a cerca
em busca do fruto simples
encontra sempre o olhar duro
do cano da espingarda vigilante.
E todos os dias a meninice morre
e os frutos continuam
apodrecendo em vão.