POESIA PROFECIA E TRAÇO
Desenhei-te o rosto
Na mesa do bar
Não sei por que fiz
Sei que fiz de amar
O traço e a graça
A cachaça amarga
Do teu rosto altar
Onde nascem ritos
Só de me humilhar
Ao côncavo cálice
Que me serves cá
Pudesse falar
A mesa do bar
Da dor e prazer
De afiar-te o graal
No poema em lâmina
Que tatuei em mim
Sem estar no Ser
Sem embaralhar-me
Sem no bar olhar-me
Desdenhando o resto
Meu ao desenhar-te
O rostoNatanael Gomes de Alencar