ATO

seja sempre assim, bailarina,
menina dos olhos da lua,
toda vestida de gente
toda vestida de nua.

seja sempre assim,
belarina,
serpente dos olhos de vidro,
clara e nua
toda vestida de fogo
toda vestida de lua.

                Salgado Maranhão

Do livro: Punhos da Serpente, Achiamé, 1989, RJ

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