A PAZ QUE SE SENTE

A Guerra é Aqui

 Fala-se da guerra do Iraque.
 Houve guerra no Afeganistão.
 Pensa-se em guerra na Coréia.
 O que temos no Brasil então?

 No Rio tivemos o exemplos,
 De uma guerra social.
 Dos que roubam em seus templos,
 Dos enjaulados qual um animal.

 Dos fardados disfarçados,
 Dos de terno engalanados.
 Quem paga esta conta é o povo,
 Que vive sendo roubado.

 Não há paz onde há fome.
 Sem saúde não tem paz.
 A tranqüilidade se consome,
 Mesmo com discurso loquaz.

 Pensem bem os poderosos,
 As revoltas se repetem.
 O povo já não suporta,
 os erros que vocês cometem.

 Já não é ação isolada,
 Não inventem nomes de culpados.
 A decisão está tomada,
 São milhares de revoltados.

 Não são palavras minhas,
 Pelas ruas já são ouvidas.
 Repensem suas metas
 E tomem as ações devidas .

 Distribuir cesta básica,
 Não é nem será solução.
 Falta saúde e emprego,
 Também falta educação.
 Distribuir renda sim,
 isto é alimentação.

 Parem de pensar em esmola.
 O povo quer ter trabalho decente.
 Ver os filhos na escola,
 E não morrer como indigente.

 Olhem pra esta realidade
 Do país que construíram.
 Onde está a dignidade?
 Pois honra e respeito próprio,
 Vocês ainda não destruíram.

 Cuidado não ponham por terra,
 O pior ainda está por vir.
 Nosso estado já é de guerra ,
 Esta nação pode ruir.

 O povo está cansado
 De pagar a conta do erro.
 Portanto tomem cuidados
 Pra não serem os convidados
 De honra do enterro.

       Marcos Woyames de Albuquerque
 

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