ESMERALDAEsmeralda no heráldico diadema,
No lóbulo da orelha cor de rosa;
O colo — arde na lu maravilhosa
De um tríplice colar da mesma gema.No peito, aberto céu de alvura extrema,
Entre nuvens de tule vaporosa,
Verde constelação, na forma airosa
De principesca e recortada estema.Agrilhoa-lhe o pulso um bracelete,
Glaucas faíscas desprendendo, ao cinto,
Um florão de esmeraldas por colchete;Nos dedos finos igual pedra escalda...
Mas deixam todo esse fulgor extinto
Os seus dois grandes olhos de esmeralda!...B. Lopes
Do livro: "Cancioneiro do amor - os mais belos versos de poesia brasileira (Arcades, Românticos, Parnasianos)", org. Wilson Lousada, 2ª ed., 1952, Livraria José Olympio, RJ