O relógio
No silêncio da noite insone
o relógio é o coração do tem´po
pulsando
Som metálico, incessante,
do átimo que passa,
eis a cadência marcial
para o nada
Belo é o fluir da vida
o desabrochar da flor
pletora de luz
ao despontar de sóis.
No ventre da vid
germina a morte
silente, constante,
lâmina cortante do tempo.
Aluysio Mendonça Sampaio
Do livro: Poesia, às vezes, L'B, s/data, SP