POEMA PARA AS PAREDES
Escrevo para o branco das paredes
E finjo que têm ouvidos.
FÓRMULA 1
Me banhei de sonhos
500 anos
Envelhecido
Engarrafado
Nos tonéis dos olhos
Outro nome a jato
Passou por mim
Letreiros
Dúvidas luminosas
Angústias
Poemas
E uma canção
Desperdiçada
Carros atropelados
Atrapalhadas avenidas
Revoada de buzinas
Da sina certa
Nenhum sinal
Sorriso amarelo
Na esquina do vermelho.
Ricardo Alfaya