lua camicase
às vezes
faço as vezes de colibris amazônicosum voo de rumo incerto
até encontrar Vitória
que rege a régia do meu pousofaço as vezes
de colibris-do-bico-dourado, às vezesbrinco de estátua
a cinco metros do silêncio do mar
que ama fotografar-me
em cinzento olhar de luaàs vezes, a lua
na azáfama dum vôo noturno
alua um azar-fama de camicase
: não sai do ninhonem se a beija-abelha-flor cor-de-rosa
mandar-me no bico um gozo de plumaMerivaldo Pinheiro