Sou um homem das regiões distantes vindo:
Duma terra pelo palmar fecundada.
Com vales de sándalo aromatizados!
É uma terra onde o bate quente perfuma a moradia.
Após uma longa jornada, achei numa ilha,
Como que um paraíso terrestrial
Cheia de vida natural.
Ela convidou-me a entrar na sua intimidade.
Cá, tudo é bom: não há veneno, não
há répteis
Somente frutas, flores e mais flores
O sol sempre resplandesce
E das tardes as tavernas ilumina!
As noites é para os copos
As noites são para os cantos
As noites são para as danças
As noites acariciam os íntimos!
Às vezes,
Eu julgo que essa ilha foge,
Leva tudo sem deixar
Uma vegetação para me amparar.
Assim, o calor é ardente
Tenta todos os rios secar
Deixando-me sem uma gota de água
Para refrescar a minha garganta
E o futuro?
Será um deserto?
Um sol abrasador e sem vida?
Que tristeza:
De ser plantado nesse deserto!
Estou a ser levado por um pensamento triste?
Duma beleza amarga:
Sinto-me como um touro a ser levado ao matador.
Serão esses uns pensamentos temporais?
Ou são umas expressões diasporais?