Como és injusta e és covarde, ó Morte!
Ceifas d’est’arte uma existência pura,
Enquanto deixas demandar seu norte
Tanta! tanta vilíssima criatura!
Desde que a seara humana vens ceifando,
Nunca um crime dos teus foi mais nefando,
Nem fez gemer tão desolados ais.
Tu cortaste sem dó, fria megera,
O fio de ouro de uma vida, que era
Doce arrimo d’irmãs, de velhos pais.
José Alves Nunes
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo