eternamente em ti me tenho
visão, vulto invulgar
que amansada amante amo
nas noites de nuvens navegadas
quando em espiral de espanto
aos ombros da sombra ombreada
corro calmas caminhadas
infante amante
no levado levante do estio
em ti me quero
por ti me viro
para ti me parto
na ave noctívaga do voo
com que rasgo e liberto
o poente intransigente da vida
eu - laço de nós
tu - espia de amor
com que prendes o assomo
às paredes do desejo
onde o nós é união
síndroma do ontem hoje
futuro
cume da etérea procura
poiso onde a paz perdura
numa sábia e indomável altura