- Logo na primeira página, precisamente na primeira linha, onde
se lê era
uma vez..., leia-se finalmente...
- Na página catorze, na linha quatro, onde se lê quadro,
leia-se quarto.
- Na página seguinte, na linha oito e meio, onde se lê
por meio de, leia-se
no meio que.
- Quase na página trinta, na linha férrea, onde se lê
tanto mar, leia-se pouca
terra.
- Na página rasgada, na linha de fogo, onde se 1ê forca,
leia-se força.
- Numa página inexistente, na linha do horizonte, onde se deveria
ler, leia –
- se mesmo.
- Na página do meio, na linha do equador, onde se lê em
paralelo, leia-se
em diagonal.
- Na página obscura, nas entrelinhas, onde se lê fode-se,
leia-se pode-se.
- Na página solta, na linha terra, onde se lê chão,
leia-se cãho.
- Numa página distante, na linha do pensamento, onde se lê
não penso,
leia-se mas existo.
- Ao virar da página, na linha do infinito, onde se tem
muito que ler, leia-se
o muito que se tem.
- Na página em branco, na linha do imaginário, onde
não se lê, não se leia.
- Numa página perdida, numa linha ao acaso, onde se lê
mesmo assim, leia-
- se assim mesmo.
- A páginas tantas, na linha com que cada um se cose, onde se
lê entrevista-
- se, leia-se entredispa-se.
- Na última página, mesmo na última linha, onde
se lê finalmente..., leia-se
era uma vez...