Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
Assim é a acção humana pelo mundo fora.
Nada tiramos e nada pomos; Passamos e esquecemos;
E o sol é sempre pontual todos os dias.
Fernando Pessoa/Alberto Caeiro
Do livro: "Obras Completas", Edições Ática,
1970, Portugal