Andorinhas de sonho fazem ninho
nos beirais
e nas janelas
da casa-esperança sob um céu de anil.
E neste homem sòzinho
que vai acompanhando todo o mundo
no caminho
onde está encerrada a sua vida
despertam temporais nos seus corcéis
atiram-se bandeiras para a luta
incêncios de procelas ferem fundo
na inconsequente e consequente lida
de querer ser aquilo que há-de ser
sol tempestade pão paz alegria
— simples homem irmão de toda a gente!
Do livro: "Raiz da serenidade", Ed. do autor, 1967, Portugal