DUAS PÁTRIAS
Sou uma exilada entre dois mundos
sempre dividida pelo mar
Vivo na alegria de ir...
Torturada pela insanidade
nesta ambiguidade do que sou,
tento descobrir neste eterno vaguear
meu rumo meu destino
E já soluço angustiada,
no amargor terrível desta eterna dúvida
sem saber como escrever como falar
cansada de sofrer e de chorar...
Porque tenho duas Pátrias muito amadas
vou sofrendo calada
neste dilacerar que não tem fim
É uma dor minha que respiro
desde que aprendi a pensar
E me acompanha Sangue e pele Agarrada!
E vai e vem comigo
Quem sabe um dia depois de morta,
consiga desvendar este mistério paradoxal
que me aniquila e sufoca
Afinal... a qual país quero mais:
Do livro: "Antologia de Poetas Portugueses e Brasileiros"
- vol. I, Blocos, 1996, RJ
«
Voltar