Menino doido, olhei em roda e vi-me
fechado e só na grande sala escura.
(Abrir a porta, além de ser um crime,
Era impossível para a minha altura...)
Como passar o tempo?...E diverti-me
Desta maneira trágica e segura:
Pegando em mim, resguei-me, abri, parti-me,
Desfiz trapos, arames, serradura...
Ah menino histérico e precoce!
Tu, sim!, que tens mãos trágicas de posse,
E tens a inquietação da Descoberta!
O menino, por fim, tombou cansado;
O seu boneco aí jaz esfarelado...
e eu acho, nem sei como, a porta aberta!