Enigma
Os que a ouvem quando a chuva
bate nos vidros — a chuva mais fria,
a de dezembro, ou a que desce
das montanhas, durante a noite — não
sabem por quem ela chama. Nos seus lábios
de musgo, os nomes confundem-se num
gemido antigo; e os que encostam o ouvido
aos vidros, interrogando o outro lado
da janela, nem assim distinguem
um pouco mais do que é lícito saber,
ao homem, do que se passa na terra.
«
Voltar