I
Esta
a minha mão de milho & marulho
Este
o sol a gema E não
o esboroar do osso na bigorna
E embora
O deserto abocanhe a minha carne de homem
E caranguejos devorem
esta mão de semear
Há sempre
Pela artéria do meu sangue que g
II
Poeta! todo o poema:
geometria
de sangue & fonema
Escuto Escuta
Um pilão fala
árvores de fruto
ao meio do dia
E tambores
erguem
na colina
Um coração de terra batida
E longe
Do marulho a viola fria
Reconheço o bemol
Da mão doméstica
Que solfeja
Mar & monção mar & matrimónio
Pão pedra palmo de terra
Pão & património