O nobre e cortês Cavalheiro
De fina e pura linhagem,
Conduz um cavalo bruaqueiro,
Parece uma rara miragem.
O dono da besta é um arrieiro,
Pai de uma bela camponesa,
Ferido por um garimpeiro
Defendendo a honra de Teresa.
O nobre jovem se deteve
Para dar a notícia à moça,
O ferimento não foi leve
Com seu sangue fez uma poça.
Deixou o cavalo com suas bruacas
E ofereceu sua proteção,
A mulher, logo, guardou as priacas
Mas recusou sua compaixão.
Surpreendido o gentil fidalgo
Por esse modo desprezado,
Pensou no arrieiro genuvalgo,
Porém, se sentiu apaixonado.
Hoje passeia com sua bengala,
Punho de nácar, elegante,
Reluz a bainha de sua espada,
Seu assedio se torna constante.
Teresa o luto já deixou,
Sorri tímida na janela,
Seu coração se apaixonou,
O cortês Cavalheiro... espera.