COM DEUSES E SEM...
 
Com deuses e sem deuses, o pinheiro,
que foi do rei Poeta e de Leiria,
Içou as velas e rumou, veleiro,
ao sonho que acenava a fantasia.

Aqui a terra dava o que podia!
O pão suado, o porco no fumeiro...
O campanário, sempre de vigia...
Senhores por instante carcereiro...

No longe, a perdição do sonho inteiro!
E livre, como livre me queria,
Do sacro e do profano cativeiro...

De mim, numa epopeia de utopia,
eu fiz o que não pôde o carcereiro:
ser sonho e ser, em mim, a Poesia!

Tuphy Mass

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