Uma senha, e eis o cetro
do canto que se dobra,
pois nada é comum. Ele desperta
os mortos, inda não encarcerados
na matéria. Mas esperam
muito olhos tímidos
para contemplarem a luz; e
temem florir à chama do raio,
mesmo que o freio de ouro os encoraje.
Mas, quando
esquecidos do mundo,
como das sobrancelhas túmidas,
cair das escrituras sacras
a força de uma silente claridade,
exultantes na graça,
exercerão tranqüilos seu olhar.
Friederich Hölderlin
(Tradução de Marco Lucchesi)
Do livro: "Faces da utopia", Editora Cromos, 1992, RJ
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