Willian Shakespeare
Daquelas belas criaturas retorno ansiamos,
A que suas belezas nunca morram
E quando cair do tempo o Outono
Guardemos sua herança na memória.
E Tu, que só teus belos olhos amas,
Te alimentas apenas de tua própria chama
E produzes fome onde abundância existe
Por que teu suave ser é tão adverso?
Pois és do mundo agora o ornamento
És o único cantor da primavera
E recusas em ti o teu contentamento
Egoísta da natureza que há contigo
Do mundo não tens piedade, nem lamentas
Se colher no chão do túmulo o que te foi servido
Trad. livre de Rogel Samuel