O lacaio matara o forte cavaleiro,
Pra em seu lugar fingir-se um nobre verdadeiro.
Matara-o à traição, em um bosque sombrio,
Atirando-lhe o corpo, em seguida, no rio.
E afivelando a sua armadura brilhante,
Seu ginete montou, procaz, no mesmo instante.
Porém, quando ele foi passar sobre uma ponte,
Empinou-se o corcel, e lhe estacou defronte,
E, ao sentir sobre a ilharga a aguda e áurea espora,
Ao vilão impostor de si arroja fora.
Este, com mãos e pés, luta contra a corrente,
Mas o peso do arnês afunda-o lentamente.
Ludwig Uhland
(Tradução de Ary Mesquita)
Do livro: "Balladen und Romanzen"
Enviado por: Belvedere