50
Ah! Deus! por que,
Por qual mistério
Desejamos nós tanto a carne
Que corrompe tanto nossa natureza?
Depois isto se paga tão caro!
É uma aposta funesta
Quando a alma toma emprestado à usura
O fel que sempre dura
Por um prazer tão efêmero!
Foge, gula! Foge, luxúria!
De pedaços assim tão caros não cuido,
E minha sopa me é mais cara
Hélinand de Froidmont
Enviado por: Belvedere
(*) Versos usados em sermões e para animar cavaleiros
durante as Cruzadas.