Tardes de Abril
Nas tardes de abril, tão belas,
enquanto sonho ou medito
o astro diurno se despede...
e os raios últimos, tão tímidos,
desse sol dos mares infinitos,
derrama na montanha centelhas
acendendo de vez todas as estrelas,
brancas margaridas bordadas
no manto de azul intenso.
E nesse pélago noturno
de mistério em alabastros,
que tanto atrai e fascina,
cumprem as estrelas sua sina:
pressentem o futuro,
um dia foram astros;
compreendem o amor,
alguma vez já foram flores.
Giulia Dummont
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