Agosto
Áureas pompas romanas, cesáreas,
Reaes diademas, púrpuras e sceptros,
Pelas tubas das nobres epopéas
Evocadas, perpassem como spectros...Todo o humano poder de altas idéas
Fira o cinzel nos tórculos dos metros,
Ou cante a essência das formosas Déas,
Ou dos varões a fama, em rudes pléctros.Toda a ambição, grandeza e magestade,
- Vôo de águia, subindo a immensidade,
Fitando o sol enrubescido e adusto,Hei de aspirar, por vosso egrégio fado,
Tudo que aos outros homens for vedado,
Homens do mez glorioso, excelso, augusto!Theotonio Freire
Do Almanach de Pernambuco, ano 5, 1903, Recife/PE
Envio: Leninha