POEMA DE MAIO

O poema
roça o abril da garganta
e multiplica seu tecido
de palavras.

Será um poema de maio.

Terá a luz da palavra
luz
e o brilho da palavra estrela.

Depois
haverá o abraço frio do outono
e o verbo
desaparecerá.

                                      Edival Perrini

Da revista: "Pomar de águas", Ed. autor, 1993, PR

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