Nereidas

Vozes, luzes, cantos e encantos.
Contraditórias são estas nuances,
que sobressaem de sorrisos incandescentes.
São as vozes dos seus intentos,
que incendeiam os lábios mais carentes;
Que velam as noites quentes;
Enquanto a Mãe natureza,
na madrugada vazia,
acolhe em seu seio,
o cãntico das sereias ribeirinhas.
E aos ouvidos mais atentos,
encantam e tentam,
extasiando-lhes a face rubra.
Luas voam, estações ressoam.
Cada tempo a seu tempo.
Inverno, primavera, verão, outono...
E o canto das sereias continuam em bando,
entoando aos desatentos navegantes,
uma canção solitária e ardente,
que em busca de calor e alento,
deixam-se às profundezas do mar
lançarem-se.
Varam-se os dias;
As noites sombrias;
E o mar... Continua calmo e sereno...
E dos solitários navegantes?
Não mais deles se ouvira falar se quer um instante...

Jaci Leal Santana

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