Ode à violeta

         Para Fernanda Maria Bueno de Almeida Prado

Discreta em seu perfume e em sua forma
Deixa à rosa o encanto e a surpresa;
Esconde-se por sempre ter por norma
Viver da pura essência da beleza.

Não exibe o esplendor do girassol,
Nem se mostra atraente e exibida;
Não pretende ofuscar a luz do sol
E a difusão total da margarida.

Basta-lhe ser perfeitamente bela,
Sem demasiado apelo ou forte chama:
O seu próprio fulgor jamais revela,
E seu total encanto não proclama.

Ah! Flor discreta, humilde borboleta,
Contente apenas com sua graça rara,
Jamais no que é excessivo ela se ampara,
E encanta, sendo apenas... violeta!...

                            Antônio Lázaro de Almeida Prado

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