Iseau de Proie
Os ares?
Desconheço o chão
Sou asas
Pés que dançam os rastros de Aquiles
Pés que flutuam os ponteiros de Cartier.
Sou ave em pleno vôo
Entre asas de seda japonesa
Sou o elegante contorno do panamá
Içado no azul celeste de meus sonhos.
Meus leves braços criam vidas
Distendem-se na dança da tempestade
E tudo na terra é diminuto
Sou ave
Escalo os doudos espaços entre o ar.
Meus vôos visam à liberdade
Quando não, são chamas belicosas
Enrolada nos nós de minhas gravatas
Quando não, sou lágrimas
Despencadas dos sonhos
Paralisada entre alas.
Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha
22/10/2006
20h00m