Eles se estendem por todos os cantos em desencantos
E nos dividem em ambos os lados da escuridão
Encarcerando-nos num cativeiro cada vez mais minúsculo
Eles brotam entre as beiras, feitos ervas desraizadas.
São estas lápides alinhadas
De costas para horizonte ou de frente ao buraco negro
Tão mudos e distensos
Feito sonho que se estanca ou simplesmente se despedaçam.
São feito arames afiados
Cheios de ódio e covardia
A emparedar os gritos deflagrados
E encurralar as lágrimas emparedadas.
Um mundo de muros invisíveis
Onde os filhos das nuvens
Vêem seus olhos encastelados
Distanciar seus passos marejados.
Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha/Dimythryus