PARA MADRID, MINHA DOR

Não choro qualquer mágoa, não lamento
O mal que me desjam. Eu me basto
Para solver a vida. Sequer tento
Desculpar meus defeitos ou meu rasto.

Mas hoje tenho vontade de chorar.
Tenho essa vontade que provem
Do mal que fizeram ao verbo amar!
Madrid dói-me muito, suas famílias também

Dói-me os amigos, perdida a esperança
As crianças que ansiavam o Futuro
O trabalho do homem que não cansa
O mundo mais belo que eu auguro...

É a cultura da morte que não canto!
Mundo vil horripilante... desencanto!

Daniel Cristal

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