Pátria amada

Tenho sim, cara irmã
tirado a espada da bainha
a cada investida da raiva
que a raiva é minha
mas não é por mim gerada
Tenho sim, amiga
criado tormentas, geadas
turbulências, furacões
A tempestuosidade é minha
mas não são minhas as razões
Tenho lançado facas
e as lâminas que tinha
já cortaram o frio aço
das prateadas armaduras
que vestiam as criaturas
que me quiseram em pedaços
Rompi sim, querida
a barreira do medo e da dor

Eu defendi minha alma
como bravo lutador
e quantas vezes me ultrajarem
tantas ultrajarei o usurpador
que minha pátria é amada
e nela só há de pisar amor.

Patrícia Evans

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